O que lhe deixa em silêncio? Mole? Mudo?
O
que lhe deixa sem fala, sem gana
de
subida alta da soberba Majestade
Livremente
ousada - Impunemente fascista
Sexo?
Quem
é que matou o desejo, desviou o impulso, reduziu o tempo
Para
você não querer mais cortar o pulso cotidiano,
Furar
as entranhas da vida
Furar as entranhas do nada – o pequeno segredo
Sujo?
Uma
carne aberta – pedindo toque
Uma
carne aberta- pedindo choque
Uma
carne aberta – pedindo
Carne.
Se
você não fizer, eu faço, se você fizer, eu disfarço, se você não quiser, eu
peço, se você quiser, eu insisto
Olha
para mim, olha o seu ser podre refletido nas catacumbas do meu desejo
Olha
para mim, olha a luz e sombra da sua perversão precocemente chegando
Olha
para mim, e esquece tudo do seu ser limpo- fabricado
Falso.
Deixa
o seu corpo se deleitar do meu bafo abafado, bate papo, bate pau
Deletando
a sua covardia, penetrando- comendo a sua menor vergonha
Agora.
Vou
encerrar um pouco o nó no seu pescoço
Vou
encerrar um pouco o dó com minhas mãos
Para
você se sentir mais livre – sem ar, mais livre- sem mar
Mais
livre de amar atado-desatado do amor
Mais
livre de se livrar
Ao
sexo.