«La pensée pense ce qui la dépasse infiniment»




2013-07-03

correspondência erótica III- provocação


O que lhe deixa em silêncio? Mole? Mudo?
O que lhe deixa sem fala, sem gana
de subida alta da soberba Majestade
Livremente ousada - Impunemente fascista

Sexo?

Quem é que matou o desejo, desviou o impulso, reduziu o tempo
Para você não querer mais cortar o pulso cotidiano,

Furar as entranhas da vida
Furar  as entranhas do nada – o pequeno segredo

Sujo?

Uma carne aberta – pedindo toque
Uma carne aberta- pedindo choque
Uma carne aberta – pedindo

Carne.

Se você não fizer, eu faço, se você fizer, eu disfarço, se você não quiser, eu peço, se você quiser, eu insisto

Olha para mim, olha o seu ser podre refletido nas catacumbas do meu desejo
Olha para mim, olha a luz e sombra da sua perversão precocemente chegando
Olha para mim, e esquece tudo do seu ser limpo- fabricado

Falso.

Deixa o seu corpo se deleitar do meu bafo abafado, bate papo, bate pau
Deletando a sua covardia, penetrando- comendo a sua menor vergonha

Agora.

Vou encerrar um pouco o nó no seu pescoço
Vou encerrar um pouco o dó com minhas mãos
Para você se sentir mais livre – sem ar, mais livre- sem mar
Mais livre de amar atado-desatado do amor
Mais livre de se livrar

Ao sexo.