«La pensée pense ce qui la dépasse infiniment»




2010-08-24

Soneto duma noite de solidão.

Lua cheia e um desejo crescente
De estar violentemente apanhada.
Do contraste da luz na teia escura
Aparece o teu corpo ardente.

Peço, tremulando, "prende minha boca"
Abaixo do céu sem nuvem nem ruido.
Teu braço forte toma o silêncio
Enquanto aperta a minha garganta.

Da dor alegre que occore nos sonhos
Dos prazeres lascivos e proibidos
Revela-se o teu olhar brilhante.

Nossos corpos unidos batem de paixão
Pois é, no ar estranho de luz nascente
Ao amanhecer se perde a ilusão.